Com pressão popular, Douglas Medeiros, autor do projeto, decidiu pelo adiamento.
Representantes das 17 entidades que fazem parte do Movimento Sindical Unificado de Jundiaí e região estiveram na Câmara Municipal, nesta terça-feira (31), solicitando aos vereadores a retirada do projeto 810/17 que altera o horário da Tribuna Livre, atualmente realizada às 18 horas, antes das sessões ordinárias.
O Movimento foi recebido no saguão da Câmara pelo vereador Douglas Medeiros (PP), autor do projeto, que se mostrou irredutível às solicitações dos sindicatos. “A Tribuna Livre foi uma conquista histórica da população e o correto seria ampliar os espaços para que os cidadãos possam expressar sua opinião e não o contrário”, diz Fé Juncal, presidente da Associação dos Aposentados.
Movimento Sindical Unificado protocolou documento pedindo retirada do projeto
O documento entregue pelo Movimento a Medeiros e debatido com os demais vereadores, pede a total retirada do projeto de tramitação. No entanto, Douglas Medeiros, que acabou decidindo pelo adiamento, quer que a Tribuna Livre passe a funcionar no Grande Expediente, que ocorre depois das sessões ordinárias, e que só é realizada se houver o mínimo de sete vereadores presentes. “Se o projeto passar, vai reduzir demais a presença dos cidadãos e retirar, por exemplo, a possibilidade de muita gente que utiliza o transporte público de participar das sessões.”, ressalta Vladimir Tavares, advogado do Sindicato dos Bancários.
“Medidas autoritárias como esta, não ajudam o processo democrático, ainda mais partindo de um vereador que se diz representar a família”, diz Douglas Yamagata, , presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região. Segundo ele, trata-se de uma verdadeira contradição e uma afronta à democracia.
Embora o projeto volte à pauta em 2018, o Movimento Sindical Unificado considera que a grande articulação das entidades demonstrou vigor e unidade. “Vamos continuar nossa luta contra esse e outros projetos que promovam a censura, a discriminação e o retrocesso em nossa cidade”, atestam representantes do Movimento.
Pressão popular fez vereador decidir pelo adiamento da votação do projeto.