Assustados, animais podem tentar fugir e se ferir. Em Várzea Paulista, um cão da raça Lhasa Apso está desaparecido desde o jogo de domingo (17)
Mais uma vez os bichinhos vão entrar em desespero com os estampidos dos fogos de artifício, comuns durante a Copa do Mundo. Nesta sexta-feira, 22, acontece mais um jogo do Brasil, com início às 9 horas da manhã.
A médica veterinária Mariane Arakaki, do Hospital Clinicão e Gato, lembra que a Copa do Mundo está entre as festas mais impactantes, haja vista a quantidade de fogos e bombas utilizados ao mesmo tempo. “Do total de atendimentos destas datas, cerca de 70% decorrem de alguma situação envolvendo os fogos”, conta.
Os danos à audição acontecem porque o estrondo dos fogos, principalmente dos rojões, é inesperado. “O forte ruído, que pode chegar a uma intensidade de 140 decibéis, percorre todo o ouvido de forma rápida, atingindo as células da cóclea. Para se ter uma ideia do impacto do barulho, um avião durante a decolagem produz um som de 130 decibéis”, explica Mariane.
Os cães são os que mais sofrem por conta da sensibilidade do sistema auditivo. Mariane conta que o Hospital já recebeu casos de cães que, em decorrência do desespero, quebram portas de vidro, se ferem por raspar portas, por tentar abrir portões, pular muros, fugir e serem atropelados.
Ela ressalta que os tutores devem dar atenção especial a pacientes cardiopatas e epiléticos que necessitam de cuidados especiais. “Os cães e gatos que apresentam esse problema, podem convulsionar em qualquer situação de estresse. O barulho das bombas pode sim ser um dos fatores a desencadear uma crise convulsiva”. A veterinária conta que os gatos ficam mais acuados e tentam se proteger procurando algum esconderijo. Mas o desespero e o sofrimento são os mesmos.
Sumiu com medo das bombas
Em Várzea Paulista, um cão raça Lhasa Apso, de três anos, fugiu desesperado com os fogos por conta do jogo entre Brasil e Suíça. De acordo com o site ‘Notícia Animal’, a família já fez buscas por todo o bairro e acredita que alguém possa tê-lo acolhido imaginando se tratar de um cão abandonado. “Já espalhamos cartazes em todo a região do bairro e temos uma criança doente por sentir falta do animal”, contam os familiares. Quem tiver informações sobre o paradeiro do cachorro,deve entrar em contato pelo telefone 9 7564-5312 e falar com dona Quitéria
Confira a dicas do Clinicão e Gato para amenizar o pânico com as bombas de fim de ano:
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• Se você vai sair e o pet vai ficar sozinho, programe com antecedência o local em que ele vai ficar.
• Acomode o animal em um local da casa onde ele possa ficar em segurança e ouvindo o menor ruído possível.
• Ligar a TV ou um som agradável pode abafar o som das bombas do lado de fora.
• Não deixe o cão preso em correntes. Na hora do pânico ele pode se machucar.
• Mantenha portas e janelas trancadas, evitando que o animal fuja e até mesmo se perca. Se morar em apartamento, verifique se as telas de proteção estão firmes.
• Tape os ouvidos do animal com um chumaço de algodão, esta medida pode reduzir a intensidade do som.
• Em alguns casos, é necessário o uso de calmantes e sedativos. Peça sempre a orientação de um médico veterinário.
A equipe do Hospital Clinicão e Gato atende 24 horas, inclusive durante os dias de jogos. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 45822239.
Bethoven está desaparecido desde o domingo (17)
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